Filix Jair
15.7.07
você gostaria...?
filixjair@gmail.com
[diálogo entre RB e FxJ capturado ao acaso]
RB: Você teria certeza disso...?
FxJ: Em absoluto não posso crer em certeza, mas tenho um palpite "não-infeliz"...
RB: Mas em que direção? Estou preocupado mesmo é com "Você gostaria...?"...
FxJ: "Eu te queria"...?
RB: Não, "Você gostaria...?", sem ser desdobrada em "eu gostaria..."... [salvo modalidade fusion, pós MDavis ou HPascoal]
FxJ: Mas o que quer afinal? O tempo já passa um pouco mais rápido hoje.
RB: Busco em você auxílio para alguma investigação musical em "Você gostaria...?". É clara para mim a necessidade de se aprofundar o projeto enquanto "exercício de escuta"; e que talvez a forma específica NBP seja uma modalidade de refrão. Mas...
FxJ: Tudo isso é muito interessante – esses dois pontos se apresentaram evidentes para mim desde sempre. A questão da escuta é primordial, em diversos níveis e abordagens – trata-se de preparar espaço para o outro, a dissonância, a modulação imprevista. Mas também (em termos de arranjo) estar preparado para que as diferentes seções rítmicas atravessem – cada qual ao seu modo – o arranjo coletivo, surpreendendo a orquestra e seus diversos naipes. Há um ajuste rítmico a ser processado e se espera que isso seja constante. Ao se passar de um participante a outro há imensas mudanças de timbres – e isso é belo [no sentido da alegria], há acolhimento pelo ouvido.
RB: Mas... e os refrões?
FxJ: Como você muito bem adiantou, há repetição da forma – se há refrão, isto se dá enquanto partícula visual dinâmica. Seriam 9 [nove] as possíveis modulações, de acordo com a convenção – número a ser mantido neste momento, por enquanto. Haverá um dia – suponho – em que até isso será analisado.
RB: Seria esse momento aquele tematizado há tempos como "contagem regressiva para o salto vindouro"...?
FxJ: O senhor quer dizer "salto triplo", do João?
RB: "do Pulo" ou "Gilberto"?
FxJ: "João" é "João" e isso quer garrincha – como 'verbo' e não 'nome'.
RB: É engano meu ou você aponta para os 'jogos, exercícios e coreografias'...? O que o senhor, em seus trajetos e trajetórias de errância desafinada, pode saber sobre isso?
FxJ: Acredito enfim que a contagem regressiva tenha finalmente começado (avisaram-me, há dias). Sempre como motivo de "alegria" a ser arrancada dos brutos arbustos acesos não-diretamente acessíveis nem tanto no céu nem ao centro da terra [perspectiva planeta] – não há jeito mas continuamente ajeito...
RB: Repita, por favor...
FxJ: "Não há..."
RB: Repita...
FxJ: "Não há..."
RB: Repita...
FxJ: "Não há..."
RB: Repita...
FxJ: Não-A.
RB: Não, não repita.
FxJ: Não.
RB e FxJ (em uníssono): "Não!"